Ciranda, Miltão dos Santos
Ciranda Da PedraAté parece uma caixinha
Este meu velho coração,
Mas o amor está mesmo é na mão,
E dentro dela em conchinha.
Se é amor não é paixão,
Como no jogo das pedrinhas
Eu me entrego à solidão.
Nunca joguei o jogo das 7 argolinhas,
Digo adeus ao mundo mundo-cão!
É de corda de seda bem fininha
A louca trama desta ilusão
Chamada vida minha.
E que acaba em conchinha
Na palma de qualquer mão.
Quando repousar a muitos palmos do chão
Cantarei ciranda cirandinha
Para o acorde de qualquer violão,
E, com a brisa bem mansinha
Soprarei saudade em cada coração.